segunda-feira, 29 de julho de 2019


Nasceu aos 26 de maio de 1867. Exerceu várias atividades ao longo de quase 84 anos de vida. Foi promotor, deputado estadual por três mandatos (também como deputado constituinte,  JUIZ DE DIREITO. Procurador Geral do Estado, desembargador, pesquisador incansável, escritor de escola, professor de gerações e Diretor Geral do Departamento de Educação do Estado, dentre outros cargos exercidos.
   Foi ainda presidente da Sociedade de Assistência à Infância, membro do IHG/RN(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte) da Liga do Ensino do RN(C UJA PARTICIPAÇÃO SEMPRE É LEMBRADA PELA PROFESSORA Noilde Ramalho) entidade mantenedora da Escola Doméstica de Natal, Colégio Henrique Catriciano e da FARN – Faculdade para o Desenvolvimento do RN>
    Fundou a Sociedade para  Defesa do Nordeste aos 11 de junho de 19615, tendo sido o primeiro presidente. Foi ainda um incansável pela construção (ao lado de Jerônimo Rosado) da fderrovia. Especialmente do sonho de ligar Mossoró ao Rio da Unidade Nacional.
    Fecundo estudioso dos problemas regionais, especialmente o fenônimo das “secas”, publicou várias obras, dentre elas: Ecologia Nordestina, secas Contra a Seca. Ainda o Nordeste, A seca de 1915, O Porto de Mossoró, História Militar do Rio Grande do Norte, Cera e Carnaúba e Nordeste Semi-Árido, Velhos Problemas Sempre Atuais.
    Na época em que foi promotor de Justiça de Apodi, conheceu no Brejo MARIA GURGEL, filha de Tibúrcio, irmão  de Tilon, com a qual teve 11 filhos (6 nascido no Brejo, hoje cidade de Felipe Guerra), cujo casamento se deu aos 23 de agosto de 1891. Chega assim a terra de sua esposa para nunca mais perder os laços efetivos.
     Qual a obra mais importante de Felipe Guerra? Não é tarefa fácil, optamos por informar a que alcançou maior projeção, especialmente além das fronteiras da terra potiguar: “SECAS CONTRA SECA”, tendo recibo as honras de clássico nacional elogiado, inclusive pela equipe de Geraldp Waring. Cuja composição aplaudiu a obra após vastíssima pesquisa sobre o Nordeste, encontrando em Seccas Contra Secca, esclarecimentos e sugestões.Mais tarde os elogios ganharam a forma solene.
       Relembrando o professor Otto Guerras: Foi ele colocado pelo geólogo norte-americano Geraldo A. Waring, ao lado de OS SERTÕES, de Euclides da Cunha, como sendo uma das Obras necessárias para conhecer o Nordeste Brasileiro, o Dr. Waring era chefe Geológico de Obras Contras as Secas e seus livros intitula-se SUPRIMENTO D’ÁGUA NO NODESTE DO BRASIL(Imprensa inglesa, Rio de Janeiro, 1923, p.4, notal. 2ª Edição. Dessa forma a  prova do reconhecimento é documental e insofismável.
    As discordâncias jurídicas contra o governador Pedro Velho de Albuquerque Maranhão renderam a Felipe Guerra e mais outros magistrados a aposentadoria compulsória (sem vencimentos reais) em 1898, só voltando a vestir a toga em 17 de novembro de 1909m isto é, onze anos depois, opirtunidade em que voltou a magistratura ao ser designado para a Comarxa de Mossoró. Passou a maior parte deste exílio no Sítio Canto, no Brejo do Apodi hoje Felipe  Guerra, época de estudos e pesquisas, produzindo cientificamente naquele chão, especialmente boa parte da obra SECCAS CONTRA A SECCA. Entregou-se à pequena agricultura, à docência e ao criatório para assim sustentar mulher e filhos.
     Coordenou o processo de erradicação do analfabetismo no Brejo, independentemente da idade do aluno em potencial, tanto ensinando quando reciclando e orientando ao poucos professores da região, algo de grande pioneirismo na educação do RN. O que causava espanto, na época, era o fato de um magistrado de renome culto e erudito, ali senhor de Engenho (ou sítio), como queiram) sair pelos quatro canto do BREJO DO APODI lecionando e querendo erradicar o analfabetismo.
   Esse idealismo a primeira experiência prática aos 17 anos para nunca mais parar. Até hoje esse pioneirismo não é devidamente reconhecido e lembrando, salvo a homenagem solitária do professor e causídico Diógenes da Cunha Lima, no início da década de setenta, que nominou o antigo Centro de Ensino Supletivo (hoje EJA – Ensino de Jovens Adultos) de Escola Professor Felipe Guerra, tendo o batizado de APÓSTOLO DA EDUCAÇÃO, frase dita a Otto, filho de Felipe.
      Essa cruzada pessoal contra o Analfabetismo, iniciada no BREJO, em 1898 não teve qualquer comemoração ou lembrança no ano de seu centenário (1898).
      Também não se curvou diante das barreiras da época e solicitou ao Colégio Atheneu a matricula da sua filha no ano de 1922, acolhendo assim a bandeira de vanguarda requerida por sua descendente.
    Verbalmente negado. Depois deferido, sua filha MARIETA GUERRA foi a primeira a estudar numa instituição até então só composta por homens, tendo sido inclusive a oradora da turma em sua formatura. Felipe Guerra entendia que o preconceito era injustificável e sua filha não encontraria problemas, pois se daria o respeito.
   Esse pioneirismo não é lembrado nem mesmo pelo movimento feminista do RN, razão pela qual entregarei cópia deste artigo a quem de direito.
      FONTE; Artigo escrito por JOSÉ L. G. MARANHÃO BEZERRA, publicado no jornal Gazeta do Oeste, coluna TUDO, edição do dia 27 de julho  de 2003 (domingo)

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